Porcos de granja. Foi desta maneira, torpe, elitista e desrespeitosa que o diretor de operações e manutenção da Copel Geração e Transmissão, Thadeu Silva, se referiu publicamente aos trabalhadores da Copel em seu perfil na rede social Linkedin nesta semana. A intenção era a de celebrar a conquista do título de Project Management Professional por um colega, também copeliano, mas acabou se tornando uma ofensa com o objetivo de degradar a todos os que não têm a referida certificação, conferida pelo Project Management Institute, empresa estadunidense de promoção de atividades em gerenciamento de projetos.

Em lugar de utilizar a conquista do profissional para enaltecê-lo e para motivar outros a buscarem qualificação, o diretor preferiu ofender a todos: porcos de granja são animais que vivem confinados, na engorda para o abate. Mais do que ofender, Silva preferiu escancarar a maneira como vê e trata a força de trabalho da empresa em que atua, composta de seres humanos que merecem tratamento digno em lugar de ofensas degradantes, que os colocam em situação vexatória e sublinham as opressões que os trabalhadores sofrem no dia a dia de trabalho.

A conduta de Thadeu Silva não é apenas um equívoco reprovável. É uma afronta pública a trabalhadores honestos e competentes, responsáveis pela geração e transmissão da energia que alimenta as casas, as indústrias, os hospitais, as escolas, ou seja, que dá vida e gera desenvolvimento para o estado. É uma atitude que deve ser combatida e punida, com firmeza e rigor, inclusive conforme o Código de Conduta da própria empresa.

O CSMEC — Coletivo Sindical Majoritário dos Empregados da Copel —, em nome de todas as categorias profissionais que compõem o quadro funcional da empresa, vem a público exigir uma manifestação clara da companhia a respeito da posição de seu diretor, Thadeu Silva, e providências para a apuração e punição rigorosas deste ataque gratuito e profundamente desrespeitoso à dignidade de todos os trabalhadores. Não é possível que uma empresa da relevância da Copel compactue com tais declarações. O trabalhador copeliano exige respeito